Ao todo, 227 signatários pedem fim do desconto previdenciário adicional e reajuste salarial para a classe
Por Redação
Delegados de polícia aposentados enviaram duas cartas com reivindicações da categoria ao governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB). Datados de 30 de maio e 25 de julho deste ano, os documentos foram elaborados por representantes da Associação dos Delegados de Polícia do Estado (Adpesp).
Parte dos 227 signatários esteve na quinta-feira (4) na Sede Social da AFPESP, com o presidente, Artur Marques. A reunião foi mediada pelos conselheiros Antonio Carlos de Castro Machado e Ruy Galvão Costa, ambos delegados aposentados.
Da esq. para a dir.: Carlos Antônio G. Sequeira; Antônio Fasoli; Antonio Carlos Machado (conselheiro); José Barreto; Artur Marques (presidente); Edemur Ercílio Luchiari; Abrahão José Kfouri Filho; Orlando Miranda Ferreira; Marco Antônio Desgualdo; Luiz Carlos de Freitas Magno — Foto: Elisa Izumi
Os servidores pedem ao governador a “reversão da odiosa cobrança de 16% sobre os proventos de aposentados e pensionistas, submetidos a um escorchante confisco”. De acordo com eles, a contribuição previdenciária adicional é imposta a pretexto de déficit atuarial não comprovado.
Uma das cartas destaca que milhares de inativos seguem revoltados e perplexos com a medida, oriunda do Decreto 65.021/2020. “Ninguém chegou à inatividade sem ‘pagar’ a previdência. Proventos e pensões não são favores do Estado”, diz um trecho.
Outro pedido é a apresentação de um projeto de lei à Assembleia Legislativa do Estado (Alesp) que aumente em pelo menos 20% os subsídios do governador para o exercício de 2023. Isso porque o teto salarial de delegados de polícia é vinculado aos ganhos do chefe do Executivo. O aumento de um depende do outro.
“O recente reajuste de 20% conferido aos policiais em geral, na prática, nada representou de aumento para significativa parcela desse contingente, muito especialmente delegados, tanto ativos quanto inativos, com mais de 30 anos de serviço, porque glosados pelo ‘teto’ do governador”, afirmam no texto.
As justificativas lembram que a classe vem sofrendo com total descaso por mais de duas décadas. “Durante os governos do PMDB e especialmente do PSDB, com destaque negativo para as gestões Alckmin e Doria, quando o nível salarial dos policiais civis paulistas foi rebaixado ao pior do Brasil.”
Da esq. para a dir.: José Gregório Barreto; Antônio Fasoli; Carlos Antônio G. Sequeira; Antonio Carlos de Castro Machado (conselheiro); Artur Marques (presidente); Abrahão José Kfouri Filho; Orlando Miranda Ferreira; Edemur Ercílio Luchiari; Luiz Carlos Magno; Marco Antônio Desgualdo — Foto: Elisa Izumi
A carta mais recente, de 25 de julho, propõe um encontro pessoal com o governador, se possível na sede da Associação dos Delegados de Polícia, o que pode contribuir para dias melhores em São Paulo.
Participaram da reunião na AFPESP os delegados de polícia aposentados: Abrahão José Kfouri Filho; Antônio Fasoli; Carlos Antônio Guimarães de Sequeira; Edemur Ercílio Luchiari; José Gregório Barreto; Luiz Carlos de Freitas Magno; Marco Antônio Desgualdo e Orlando Miranda Ferreira.