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Número de mortes por acidente de trânsito em SP tem queda em 10 anos

Inclusão Social
10 Mai 2021
12 Mai 2021

Brasil também apresenta índice menor, apesar da alta taxa de fatalidades: 30 mil vidas por ano; desde o dia 3, país faz campanha por responsabilidade ao dirigir

Por Leandro Silva

Maio Amarelo. Essa é a campanha que chama a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. No Brasil, foi lançada oficialmente no último dia 3 pelo governo federal. A edição deste ano reforça a responsabilidade de salvar vidas e coincide com índices relativamente positivos do país.

No estado de São Paulo, de acordo com dados do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), houve queda de 32% no número de mortes em acidentes de trânsito nos últimos dez anos. Ao todo, 2.372 vidas foram salvas desde 2010, mesmo com crescimento de 50% da frota de veículos.

As informações são do Infosiga, sistema do Governo de São Paulo gerenciado pelo programa Respeito à Vida. Segundo a apuração, das mais de 2 mil vidas preservadas, 55% foram de ocorrências em municípios paulistas e 45% nas rodovias estaduais.

O Detran enfatiza que essa redução em São Paulo está na direção da meta de 50% estabelecida pela Organização das Nações Unidas, na chamada Década da ONU. Foi a entidade que decretou, em maio de 2011, ações para salvar vidas no trânsito, por meio de evidências científicas de prevenção de acidentes.

Depois, em 2014, o mês foi associado à cor amarela, que simboliza atenção e advertência no tráfego urbano, o que deu origem à campanha — hoje referência mundial para o combate à violência em termos de mobilidade. O Brasil aderiu à iniciativa naquele ano, inclusive projetando tom amarelado no monumento mais famoso do país, o Cristo Redentor.

A campanha Maio Amarelo deste ano foi anunciada pelo Ministério da Infraestrutura, em parceria com o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). Com o lema “no trânsito, sua responsabilidade salva vidas”, a proposta é conscientizar sobre respeito à faixa de pedestres, os riscos de usar celular no volante e a importância do cinto de segurança.

Indicadores do Ministério da Saúde mostram que, em 2019, o país perdeu cerca de 30 mil vidas no tráfego urbano, taxa que se mantém na média anual. Apesar disso, o governo federal alterou o Código de Trânsito Brasileiro, tornando-o mais flexível. A nova legislação entrou em vigor em 12 de abril. Houve aumento de 20 para 40 pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e da validade do documento.

As medidas são questionadas por especialistas em segurança viária, que dizem que motoristas tendem a cometer mais infrações. Em contrapartida, a lei excluiu a pena alternativa para motoristas alcoolizados que causarem morte ou lesão corporal durante a condução de um veículo. Foi mantida ainda a obrigatoriedade do uso de cadeira retentora para crianças de até dez anos.

NOVAS AÇÕES

Entre os dias 17 e 23 deste mês, a ONU realiza a 6ª Semana Global de Segurança no Trânsito. A chamada "Segunda Década de Ação pela Segurança no Trânsito" vai de 2021 a 2030, com a meta de reduzir pela metade lesões e mortes em todo o planeta. O evento foi batizado de “Ruas pela Vida” (Streets for Life).

A principal bandeira será a defesa de limites de velocidade de 30 km/h como norma em vias onde as pessoas e o tráfego de veículos se misturam, com sinalização ao desenvolvimento sustentável — menor emissão de combustível e promoção da saúde. Os organizadores já usam a hashtag #Love30 em postagens sobre mobilidade urbana.

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