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Solidariedade em qualquer tempo

Opinião
29 Março 2021
06 Mai 2021

Por Laé de Souza

Hoje, mais do que nunca, estamos precisando de solidariedade pelo momento de incerteza, angústia e sofrimento que vivemos em todo o mundo. Entretanto, ela, a solidariedade, deve ser constante nas nossas vidas em qualquer tempo. Ser solidário não é simplesmente ajudar por ajudar ou para atender um pedido, às vezes insistente, de quem precisa. É pensar coletivamente, colocar-se no lugar do outro, pensar em como contribuir para que o mundo seja melhor. Interessante seria que em lugar de educarmos os nossos filhos para que fossem vencedores, mostrássemos a importância do companheirismo e como contribuir para o crescimento de outras pessoas.

Conhecemos muitas pessoas que são solidárias. Todos, mesmo os que imaginam que nada têm, podem sim, ser solidários, pois de várias maneiras podemos contribuir com o próximo. Em nossa mente vem primeiro a ajuda material, claro que necessária, mas doar o seu tempo para ouvir, aconselhar, ensinar, alegrar, cuidar de pessoas é ótimo. Solidariedade não é troca. Não é fazer para receber retorno de quem se ajudou ou dos anjos. Muitas pessoas ao nosso redor precisam de ajuda. Muitas instituições precisam do seu tempo, do seu conhecimento e de sua ajuda financeira para contribuir com outras pessoas. Você pode ajudar, sim.

No livro infantil de minha autoria Sofia – ser solidário é dez, conto a história de uma garotada que se une com o propósito de praticar a solidariedade. Entre as várias ações, os garotos encenam peças teatrais e apresentam artes circenses em hospitais e asilos. De uma necessidade que se apresenta na história, doam as suas mesadas e convencem os pais a contribuírem financeiramente para a aquisição de uma cadeira de rodas para uma criança. Resultado da utilização do livro em projetos de leitura em escolas, estudantes, de uma delas, tiveram a brilhante ideia de iniciar a prática de atividades em asilos e hospitais do município. Percebemos, então, que a prática da solidariedade pode ser estimulada desde cedo. Quem ganha não é só quem é ajudado. Ganha toda a sociedade e quem ajuda se sente muito melhor. Pergunte a quem é solidário se não é assim!

Dra. Irene

Laé de Souza é residente na cidade de São Paulo. Graduado em Direito, e em Administração de Empresas, agente fiscal de rendas, cronista, dramaturgo, produtor cultural e escritor. Acadêmico da Academia de Letras, Ciências e Artes ocupando a cadeira nº 04 sob o Patrono: Guimarães Rosa, na categoria de Letras.

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