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Candida auris: informações sobre o "superfungo"

Saúde
10 Abril 2025
11 Abril 2025

Anvisa divulga comunicado com orientações para laboratórios e serviços de saúde em caso de suspeita                        

Por Redação

No dia 2 de abril, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um alerta sobre casos suspeitos de Candida auris, também chamado de "superfungo".

O comunicado foi emitido após a identificação de 14 casos na cidade de São Paulo–SP e 4 em Recife–PE este ano (números registrados até a divulgação do alerta).

Pelas normas da Anvisa, a ocorrência de 1 único caso de C. auris em um serviço de saúde já é considerado surto e a suspeita ou confirmação deve ser informada imediatamente à Comissão de Prevenção e Controle das Infecções Relacionadas do serviço de saúde de origem do paciente.

O que é Candida auris

Candida auris é um fungo que pode causar infecções invasivas, podendo ser fatal para pacientes imunodeprimidos ou com comorbidades.

É considerado uma ameaça à saúde pública por apresentar resistência aos medicamentos utilizados para tratamento de infecções por Candida, como fluconazol, anfotericina B ou equinocandinas. Estudos indicam que até 90% dos isolados do microrganismo são resistentes.

Os surtos ocorrem devido à dificuldade de identificação pelos métodos laboratoriais e pela difícil eliminação do fungo do ambiente contaminado, podendo permanecer viável por semanas ou meses.

O primeiro caso identificado no Brasil ocorreu em 2020 e, desde então, a Anvisa mantém um relatório online para acompanhamento dos registros no país.

Casos em São Paulo

Foram identificados 15 casos nos três primeiros meses do ano, sendo 1 paciente com contaminação confirmada e 14 que tiveram contato com o fungo; todos os registros são do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE).

Em comunicado divulgado no dia 31 de março, o hospital informou que o paciente infectado veio a óbito em decorrência de complicações clínicas e cirúrgicas — não devido ao fungo — e a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) seguirá, por seis meses, com as coletas de vigilância para identificar o surgimento de casos colonizados de C. auris.

Paralelamente, estão sendo realizadas reuniões com a Secretaria Municipal e Estadual de Saúde em conjunto com a Anvisa para averiguação de medidas preventivas e ações adicionais.

 

Fontes: Anvisa; Iamspe

 

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