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Hospital público usa ‘pôneiterapia’ para auxílio ao tratamento de câncer infantil

Saúde
19 Agosto 2022
19 Agosto 2022

Instituto de Tratamento do Câncer Infantil obtém resultados positivos de resposta à terapia com equinos

Por Redação

Médicos e responsáveis pelo Instituto de Tratamento do Câncer Infantil (Itaci), hospital público ligado ao Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, se inspiraram em caso real para implementar um novo tipo de tratamento para auxiliar o combate ao câncer infantil: a 'pôneiterapia'.

A prática começou a ser utilizada após um dos pacientes, Bryan Amaro de Andrade, de nove anos, obter respostas positivas ao tratamento de um câncer raro na próstata. O menino tinha o sonho de ver um cavalo de verdade. Após conhecer os pôneis da Sociedade Hípica Paulista, Bryan — que ficou internado por sete meses — obteve alta do hospital um mês depois.

Implementada no Itaci desde novembro de 2021, após comprovada a eficácia da ajuda ao tratamento do paciente, a ‘pôneiterapia’ vêm se mostrando efetiva também para potencializar a recuperação das demais crianças atendidas pelo hospital. Os pôneis terapeutas, Nemo e Caramelo, são convidados a visitar e dar passeios com os pacientes uma vez por mês.

Os equinos são transportados da Sociedade Hípica Paulista, e assistidos com bastante cuidado para não ficarem estressados durante a viagem. Uma equipe especializada acompanha os pôneis ao longo de toda a atividade. Dessa maneira, eles conseguem realizar os “atendimentos” com maior efetividade.

0819 Imagem interna poneiterapia itaciFoto: iStock


Tratamentos com pets têm eficácia comprovada cientificamente

Diversos estudos, divulgados pelo Centro Nacional de Informação sobre Biotecnologia do governo dos Estados Unidos (NCBI, na sigla em inglês — National Center for Biotechnology Information), revelam a eficiência de tratamentos com animais na medicina. As pesquisas mostram que pacientes, ao entrarem em contato com os pets, liberam endorfina no organismo, diminuindo estresse e cortisol.

Em muitos casos, esses modelos de terapias são prescritas para pessoas com deficiências intelectuais — muitas vezes para pacientes com síndrome de Down —, doenças motoras, distúrbios de desenvolvimento e casos de autismo. No entanto, ainda é pouco utilizado para o tratamento de doenças crônicas ou câncer.

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