Imprimir

"Vacina do Instituto Butantan", Coronavac tem bons índices de eficácia

Saúde
07 Janeiro 2021
08 Fevereiro 2021

Estudos indicam eficácia superior aos 50% exigidos por organizações internacionais; substância é desenvolvida por uma das mais respeitadas instituições públicas de ciência do país em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac

Por Redação (atualizado às 13h40 de 12/1/21)

A Coronavac, vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, tem taxa mínima de eficácia geral de 50,38%, de acordo com estudos da instituição, divulgados nesta terça-feira (12). O índice chega a 78% em alguns recortes da pesquisa. Os estudos sugerem ainda que a substância garante proteção de 100% contra mortes, casos graves e internações nos voluntários vacinados.

O índice de 50,38% consta no pedido de registro emergencial da vacina feito à Anvisa, e está acima dos 5% exigidos mundialmente para que um imunizante seja considerado viável. Ele inclui pessoas que foram infectadas pelo coronavírus e não tiveram sintomas.

"A vacina mostrou eficácia. Não houve nenhum caso grave de Covid-19 entre os voluntários imunizados com a vacina do Butantan”, afirmou o diretor da instituição, Dimas Tadeu Covas. Os testes são comparados em relação às pessoas que não receberam o imunizante.

Ao todo, 12.476 voluntários, todos profissionais de saúde, participaram do estudo. Metade tomou a Coronavac, e a outra metade, placebo. Desses, 218 contraíram Covid-19, mas nenhum precisou de internação e se recuperaram. Entre os infectados, 60 faziam parte do grupo vacinado, e os demais, cerca de 160, do grupo que tomou placebo.

De acordo com o médico, a pesquisa realizada no instituto, que é o principal produtor de imunobiológicos do Brasil, foi complexa. Diversos servidores públicos da Saúde estão envolvidos no trabalho. "Pela urgência, garantimos o terceiro turno da fábrica em uma rotina incessante de produção. Hoje, já temos em solo nacional 10,8 milhões de doses”, adiantou Covas.

Em novembro, a revista científica Lancet, uma das mais importantes no mundo, publicou os resultados de segurança da Coronavac nas fases 1 e 2, realizados na China, com 744 voluntários. A publicação mostrou que a vacina é segura.

A taxa mínima de eficácia recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é de 50%.

Os detalhes do estudo ainda não foram publicados. Dimas Covas disse que os dados completos serão enviados à Anvisa, que deve avaliar um pedido de urgência na aprovação do medicamento por parte do governo paulista. Depois, a pesquisa na íntegra poderá ser publicada em revistas científicas.

Fontes: Governo de SP e Portal G1

Compartilhar
Imprimir