Imprimir

Parlamentares aprovam novo plano de carreira e reajuste salarial de professores estaduais

Servidor Público
30 Março 2022
30 Março 2022

Votação realizada na Alesp na última terça-feira (29) teve protesto de representantes da classe, que reivindicavam reajuste maior e diálogo com o governo

Por Redação 

Parlamentares aprovaram na última terça-feira (29), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), o novo plano de carreira dos professores estaduais e o reajuste salarial de todos os profissionais da Educação paulista propostos no Projeto de Lei Complementar 3/2022. Foram 49 votos favoráveis e 1 contra. 

De acordo com a proposta aprovada, o novo plano de carreira é direcionado aos professores, diretores escolares e supervisores, e se baseia em um modelo de trilhas com promoções por desempenho e desenvolvimento. 

O reajuste salarial de 10% vale para todos os servidores da Secretaria de Estado da Educação, incluindo os que não aderirem ao novo plano de carreira, os profissionais do Quadro de Apoio Escolar, aposentados e pensionistas. 

O aumento será pago retroativo com data-base 1º de março e o plano de carreira deverá ser regulamentado em até 60 dias após a sanção do governo. 

Novo plano de carreira 

Foram definidas três trilhas diferentes para avaliar a evolução de carreira: Regência, trilha principal para docentes; Especialista Educacional e Gestão Educacional, trilhas de desenvolvimento complementar. 

O salário inicial será de R$ 5 mil, podendo chegar a R$ 13 mil no nível mais alto, com uma jornada de 40 horas semanais. Os docentes que atuam em áreas de risco e no período noturno terão uma gratificação — ainda a ser definida. 

A adesão ao novo plano de carreira é opcional para os profissionais que já atuam na rede estadual, com prazo de dois anos para inclusão dos interessados. Os temporários e os novos ingressantes serão incluídos automaticamente. 

Representantes da categoria se mostraram contrários à aprovação 

Professores contrários à proposta protestaram na Alesp. Deputados da oposição solicitaram a votação separada para cada proposta, plano de carreira e reajuste, por considerarem que a primeira deveria ter sido discutida por mais tempo. 

Entidades representativas do magistério (Apeoesp, Apase, CPP e Udemo) argumentam que não foram consultadas pela Secretaria da Educação sobre as mudanças. Além disso, reivindicavam reajuste maior, de até 33,2%, considerando a defasagem salarial da categoria nos últimos anos. 

Outro ponto criticado, entre outros, é a exclusão de gratificações, bônus ou prêmios — existentes no regime atual —, uma vez que o novo plano segue o modelo de remuneração por subsídio. 

O projeto segue agora para sanção ou veto do governador.

Fonte: Alesp e Folha de S. Paulo 

Compartilhar
Imprimir