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A Questão Ambiental

Opinião
09 Outubro 2023
16 Outubro 2023

Por Carlos Eduardo Tirlone

As discussões em torno da temática da questão ambiental são recorrentes e amplamente discutidas no cotidiano pela sociedade.

A primeira percepção da humanidade sobre a questão ambiental e a existência de um risco ambiental em escala global, remonta a década de 1950, com o experimento de armas nucleares, causando poluição nuclear. Na ocasião, percebeu-se que os problemas ambientais não estavam restritos apenas aos locais de realização dos testes, uma vez que poderiam ocorrer chuvas radioativas a milhares de quilômetros desses locais (NASCIMENTO, 2012).

Na década de 1960, o homem não se preocupava com questões relacionadas ao meio ambiente, sendo orientado pelo pensamento dos economistas da época que pregavam, dentre outras coisas que, os recursos naturais deveriam ser explorados de forma a gerar o máximo de riquezas possíveis, como se fossem inesgotáveis. Além disso, as questões relacionadas ao bem-estar da população, condições de vida e o provimento de suas necessidades básicas eram entendidas como medidas que prejudicam a exploração dos recursos naturais de forma plena.

Fontenelle (2013) corrobora ao afirmar que o consumidor também é responsável pela degradação ambiental ao estimular o hiperconsumismo das sociedades modernas. Para reverter esse quadro, faz-se necessário uma mudança de paradigma, com o envolvimento de empresas e consumidores, como agentes morais fundamentais desse processo, por meio de uma responsabilidade social corporativa, com consumidores empenhados na resolução dos problemas ambientais.

A partir da década de 1970, passa-se a discutir a ideologia do desenvolvimento sustentável, nos limites da economia de mercado, oferecendo soluções à crise ecológica.

A Conferência das Nações Unidas sobre o Homem e o Meio Ambiente, realizada em 1972, Estocolmo (Suécia), surgiu com a finalidade de evitar conflitos e garantir a manutenção da ordem estabelecida, porém, não deixa claro como conciliar preservação e crescimento. 

A conferência de Estocolmo gerou o Relatório Brundtland, no qual se constituiu o conceito de sustentabilidade mais abrangente e completo (GUIMARÃES, 2007).

O relatório chamou a atenção do mundo para novas formas de desenvolvimento econômico, com o mínimo de impacto ao meio ambiente e definiu três princípios básicos a serem cumpridos para se alcançar o desenvolvimento sustentável: o desenvolvimento econômico, o social e a preservação do meio ambiente – ESG: Ambiental, Social e Governança (Environmental, Social and Governance), citada pela primeira vez em 2004. 

Sauer e Ribeiro (2012) consideram a Conferência das Nações Unidas um marco na questão ambiental, uma vez que, a partir da sua ocorrência as discussões acerca do meio ambiente se intensificaram e deram origem a uma série de debates em todo o mundo, marcando o início dos movimentos ambientalistas. 

Salienta-se a importância da Conferência Eco-92, a primeira Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em de 1992, que contou com a participação de cerca de 170 países, dos diversos continentes e com o resultado na elaboração dos documentos: Carta da Terra, Convenções: Biodiversidade, Desertificação e Mudanças Climáticas, Declaração de Princípios sobre Florestas, Declaração do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento, Agenda 21.

Concluindo, a Agenda Mundial que lançou as bases do desenvolvimento sustentável considerou, em especial, a preservação de recursos naturais e o envolvimento de todos os setores da sociedade, onde nós como instituição AFPESP estamos incluídos e poderemos contar com a colaboração de todos para minimizar ou mesmo eliminar questões ambientais.  

Para se conscientizar do tema, assista aos vídeos abaixo:





 1009 Imagem interna Artigo Tirlone

 

Carlos Eduardo Tirlone é Conselheiro Vitalício da AFPESP, Engenheiro Químico, Mestrado em Geociências, Pós-Graduado em Engenharia Sanitária, Pós-Graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho, Especializado: em Tratamento de Água para fins Potáveis, em Águas Residuárias Sanitárias, em Saúde Pública. Perito Judicial. Docente: Nacional e Internacional. Também atuou na CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) como Diretor e outros cargos gerenciais. Recentemente, palestrou no “4º Fórum Conjunto da Diretoria Executiva, Conselhos Deliberativo e Fiscal da AFPESP”, realizado na Unidade de Lazer AFPESP Termas de Ibirá. 

 

 

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