Todos nós conhecemos esse personagem do humor popular, representado por um garoto sagaz que tem respostas inesperadas e engraçadas.
Mas muitos não sabem que ele cresceu, estudou, entrou na vida política e tornou-se chefe do Poder Executivo de Estado.
Ele agora justifica suas decisões na estabilidade da economia do Estado, sem considerar o quanto isso sacrifica aqueles que mantêm o próprio Estado em funcionamento, movimentando a complexa máquina administrativa para o bem-estar do cidadão.
Joãozinho neste ano já diminuiu o orçamento familiar dos servidores aposentados e pensionistas, com o aumento da contribuição previdenciária, mas ele não sossega, quer mais.
Sua intenção agora é aumentar a contribuição para o hospital do servidor público (IAMSPE), alegando que há déficit entre arrecadação e despesas, mas não indica quem são os culpados pela dívida acumulada.
O aumento da contribuição será da seguinte forma, conforme o seu projeto:
► Servidor e agregado (pais, madrasta/padrasto) com idade inferior a 59 anos, fica mantida a alíquota de 2%;
► Caso os mesmos tenham idade igual ou acima de 59 anos, a alíquota será de 3%;
► Beneficiários (cônjuge, filhos, etc.) com idade inferior a 59 anos, agora terão que contribuir com a alíquota de 0,5%;
► Os mesmos beneficiários, caso tenham idade igual ou acima de 59 anos, a alíquota será de 1 %.
Parece mais uma travessura inocente daquele Joãozinho que conhecíamos, mas infelizmente não é. Além do aumento da alíquota e a criação da contribuição para os beneficiários, ele também quer a incidência da contribuição sobre o 13º salário.
Ah Joãozinho...por favor.
Acabou a graça das suas piadas.
Neste difícil ano que ficará marcado na vida de todos nós, pela crise mundial de saúde que afetou familiares, amigos e conhecidos, chega de pensar em economia e olhe mais para as pessoas, em especial, para os servidores que colocam em destaque o Estado que você comanda.
O pior de tudo é que o Joãozinho tem um forte aliado nessa empreitada pelo fim do servidor público.
O seu coleguinha de peraltices, o Paulinho, fez um mirabolante projeto de reforma para a administração pública da União, Estados e Municípios, justificando que pretende acabar com as “regalias” (direitos previstos em leis) dos servidores públicos.
Ainda dá tempo Joãozinho, termine essa história com um final feliz, como sempre acontece nos contos infantis.
Comissão Especial de Acompanhamento da Reforma Previdenciária Estadual e Reforma Administrativa
Conselho Deliberativo