A educação foi uma das áreas que mais se adaptou às novas rotinas e exigiu um novo modelo de trabalho para garantir a continuidade do ensino no país
Por Redação
Hoje, 20 de maio, comemora-se o Dia do Pedagogo. O profissional responsável por planejar e executar diferentes tarefas na educação, com o intuito de se reinventar e garantir o desenvolvimento completo das crianças, nem sempre tem o seu papel reconhecido pela sociedade. Mais do que apenas garantir um ensino teórico, o pedagogo, por meio do olhar atento e da escuta ativa, busca o desenvolvimento não a partir da sua visão, mas do interesse da criança proporcionando um aprendizado mais amplo, enxergando cada aluno como um indivíduo.
Neste período de aulas remotas, um novo desafio foi apresentado aos profissionais da educação, que precisaram adaptar um conteúdo presencial e em grupo, para aulas à distância com a precariedade tecnológico de alguns alunos como barreira.
No Dia Mundial da Educação deste ano, destacamos alguns dos principais problemas enfrentados por educadores nos primeiros meses de pandemia.
Rede pública
Conforme dados divulgados pelo governo estadual, de março a dezembro de 2020, 15.615 alunos saíram das escolas particulares e foram matriculados em escolas da rede pública em todo o estado de São Paulo. Em comparação com 2019, o aumento foi de 44,4%.
O número é um reflexo dos desafios financeiros enfrentados por muitas famílias desde o início da pandemia. Soma-se a isso a necessidade de isolamento, possíveis perdas de familiares e uma mudança de escola, tudo em um curto período de tempo.
Além da nova carga de alunos e seus diferentes graus de conhecimento, os pedagogos e as demais peças-chave da educação pública, devem administrar os impactos emocionais desses novos estudantes, garantindo que não haja um declínio na vida escolar ou uma possível evasão escolar.
Novos desafios
Em artigo publicado para o Observatório Socioeconômico da Covid-19, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), realizado em 2020, os doutores em Educação Carlos Giovani Delevati Pasini e Élvio de Carvalho, e a pedagoga Lucy Hellen Coutinho Almeida, falaram sobre as novas tecnologias e novas formas de educar.
Os autores defendem que a educação no novo milênio deverá ser híbrida, mesclando o presencial e o ensino a distância, e a interculturalidade estará mais presente.
Pedagogos deverão integrar cada vez mais as tecnologias nas propostas de ensino, considerando as transformações vividas pela sociedade no período de pandemia e toda a nova bagagem social e cultural dos alunos.