Coordenadoria Pedagógica indica atividades práticas aos professores para a manutenção da leitura com os estudantes durante a pandemia
Por Redação
O papel das escolas públicas na alfabetização foi reforçado neste 18 de abril, Dia Nacional do Livro Infantil, criado em 2002 para difundir a prática literária nas unidades de ensino. A data foi escolhida em homenagem ao escritor Monteiro Lobato, considerado precursor da literatura juvenil no país, autor da famosa coleção Sítio do Picapau Amarelo.
A leitura é um instrumento de formação humana diretamente ligada à alfabetização, área que tem sido desafiadora durante a pandemia. Com a predominância de aulas remotas, a prática literária exige de professores novas formas de despertar o interesse de estudantes pelos livros.
Para ajudar esses dedicados servidores, que continuam dando o melhor de si nas milhares de escolas públicas do estado de São Paulo, a Coordenadoria Pedagógica (Coped) da Secretaria da Educação do Estado (Seduc) separou algumas dicas que facilitam o trabalho voltado à leitura nas atividades escolares.
- Releitura da obra ou trechos selecionados, fazendo uso de recursos da linguagem não-verbal e da linguagem verbal, por meio da criação de histórias em quadrinhos;
- Desvendando o Gênero, com práticas de leitura compartilhada. Os alunos trocam impressões sobre a leitura, com o recurso de questões norteadoras, pistas e desafios que trabalhem elementos da disposição da capa do livro, como o uso de imagens e cores, recursos linguísticos e elementos de narrativa. Ao final, o professor poderá propor a criação de desafios ou fichas e jogos literários;
- Contação de história com o tema “quem conta um conto acrescenta um ponto”. Trabalhando a arte da contação de histórias e a reescrita criativa, propõe a criação de finais alternativos para as histórias selecionadas. Ao final, as narrativas podem ser compiladas em formato de vídeos ou podcasts;
- Representação em ação, trabalhando a livre expressão. Sugere uma leitura dramática com uso dos recursos linguísticos, práticas da oralidade por meios de estratégias de leitura, compreensão e fluência. Pode trabalhar com a realização de peças teatrais, teatro de sombras, fantoches, dedoches, entre outros itens;
- A Coped também separou algumas dicas de leituras infantis opcionais.
Amoras, Emicida. É o primeiro trabalho do autor dedicado à Literatura Infantil, inspirado na música “Amoras” que compôs para a filha. Em “Amoras”, Emicida conta a história de uma garotinha que reconhece sua identidade a partir de uma conversa com o pai, debaixo de uma árvore de amoreira. Com referências à cultura e à resistência negra, o livro aborda, de forma delicada, a representatividade e negritude com as crianças;
O pequeno Nicolau, escrito por René Gosinny e ilustrado por Jean Jacques Sempé. Conta as aventuras e desventuras do adorável Nicolau em meio a todos os dramas e situações cômicas que envolvem a vida de garotos em todo o mundo. A escola, os amigos, os pais e as divertidas brincadeiras que são o pano de fundo de uma narrativa envolvente e significativa para entender esse universo tão especial que são as crianças;
O grande Rabanete, escrito por Tatiana Belinky e ilustrado por Silvana Rando. De forma divertida e irreverente, a autora apresenta aspectos das relações humanas, como solidariedade, trabalho em equipe, divisão de tarefas e ajuda mútua, onde todos os personagens unem forças para ajudar o vovô, que está na horta tentando tirar da terra um enorme e teimoso rabanete. Uma tarefa irrealizável para uma só pessoa, mas torna-se possível com a colaboração de todos;
Os Bichos que tive (memória zoológica), escrito por Sylvia Orthof e ilustrado por Gê Orthof. Ao recordar a infância, a autora relata alegrias, problemas, desafios e muitas aventuras e surpresas na convivência diária com alguns “bichinhos”. Até mesmo um ser imaginário, o bicho-papão, ganha uma história só para ele.