Medida, instituída pela Secretaria Municipal de Educação, pretende diminuir a rotação de docentes em cerca de 530 unidades de ensino paulistanas
Por Redação
Para diminuir a rotatividade de professores nas escolas municipais de São Paulo, a prefeitura instaurou o Decreto nº 61.678, publicado nesta terça-feira (9) no Diário Oficial da Cidade. O documento determina pagamento de Gratificação por Local de Trabalho (GLT), no valor de até R$ 1.5 mil por mês, aos profissionais da educação.
O bônus beneficiará os docentes do quadro do magistério paulistano, que poderão receber quantias entre R$ 300 e R$ 1.5 mil mensais, a depender da unidade de ensino escolhida em atribuição. Também serão contemplados servidores do quadro de apoio, que terão a adição de GLT entre R$ 200 e R$ 500 por mês.
Segundo a Secretaria Municipal de Educação (SME), 529 escolas paulistanas atendem os critérios necessários para os profissionais receberem a GLT. Os valores são determinados conforme a classificação das unidades educacionais, que foram divididas em seis faixas. Confira a lista.
Conforme apresentado no Decreto nº 61.678, para o exercício de 2022, o pagamento do benefício considerará os meses de julho até dezembro. A partir de 2023, as quantias poderão ser atualizadas.
Objetivos da Secretaria Municipal de Educação com a bonificação
Com a medida, a SME visa incentivar os professores a se manterem nas escolas onde estejam atuando, principalmente aquelas que possuem dificuldades para preencher o quadro de profissionais. Isso ocorre, sobretudo, “em virtude das condições socioambientais do local”, segundo consta no decreto.
A pasta acredita que a partir do momento que a rotação de educadores nessas escolas diminui, fica mais atingível cumprir o plano pedagógico e melhorar a qualidade do ensino. Além disso, a concessão do benefício poderá estabelecer, de acordo com a pasta, maior vínculo entre unidades escolares, alunos e professores.
Sindicatos de profissionais da educação se posicionaram favoráveis ao bônus, no entanto, ressaltaram que não é o bastante para promover a retenção dos docentes em escolas com dificuldades de lotação. A categoria reivindica maior investimento em infraestrutura, manutenção e segurança às unidades.