É com muito orgulho que nos dirigimos a todas as mulheres para cumprimentá-las pelo Dia Internacional da Mulher.
O Dia Internacional da Mulher é celebrado anualmente, no dia 8 de março. A ideia de uma celebração anual surgiu depois que o Partido Socialista da América organizou um Dia da Mulher, em fevereiro de 1909, em Nova York – uma jornada de manifestação pela igualdade de direitos civis e em favor do voto feminino”, de acordo com a Wikipédia.
Vamos fazer um breve relato de alguns aspectos que foram marcantes para que o Dia Internacional da Mulher fosse reconhecido em todo o mundo.
Nos idos de 1910 durante a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada em Copenhagen, foi aprovada a criação de uma data para celebrar os direitos da mulher, quando a alemã Clara Zetkin, socióloga e pioneira em estudos sobre os direitos da mulher, propôs que fossem realizados movimentos anuais em defesa desses direitos.
Na cidade de Nova York, em 25 de março de 1911, trabalhadoras morreram em um incêndio ocorrido em uma fábrica, mostrando para o mundo a situação degradante a que eram submetidas, durante a Revolução Industrial.
Em 1945, foi celebrado o primeiro Acordo Internacional que abrangia princípios de igualdade de homens e mulheres. Na década de 1960 o movimento feminista se fortaleceu, com inúmeras manifestações em defesa da mulher e, somente em 1975, foi que a ONU reconheceu os direitos da mulher e intitulou aquele ano como o “Ano Internacional da Mulher” fazendo referência às conquistas políticas e sociais alcançadas até então.
Mas, e hoje? Passadas tantas décadas, há o que comemorar?
Em nosso entender, podemos responder essa pergunta, tanto com “sim”, como “não”.
Se nos atentarmos para algumas das conquistas alcançadas, como por exemplo:
- Lançamento da Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã – 1971 (Marie Gouze);
- Criação do Primeiro Algoritmo da Computação – 1843 (Augusta Ada King);
- Voto Feminino no Brasil – 1932 (Bertha Lutz);
- Criação da Pílula Anticoncepcional – 1961 (Margaret Sanger);
- Estatuto da Mulher Casada – 1962 (Lei 4121/62);
- Primeira Mulher Presidente no Mundo - 1974 (Isabelita Perón);
- Lei Maria da Penha – 2006 (Maria da Penha Maia Fernandes);
- Lei do Feminicídio – 2015 (Lei 13.104/15), entre outras, a resposta à questão antes lançada é sim.
Todavia, se pensarmos, em pontos referentes à:
- Desigualdades salariais, em desempenho de funções correlatas;
- Representatividade política;
- Exercício de jornada dupla;
- Violência doméstica e sexual/feminicídio;
- Desemprego;
- Racismo; como alguns dos inúmeros problemas enfrentados todos os dias, nossa resposta seria não.
Nesse cenário qual a mensagem que queremos deixar para todas nós?
Uma mensagem de: otimismo, força, coragem, empoderamento, luta, sonho, liberdade, sucesso, conquista, entusiasmo, sorriso, garra, superação, mudança, plenitude, energia, sonho, esperança. Expressões que definem toda mulher.
Em relação à nossa AFPESP, que tem sua existência originada no associativismo e como missão (“Defender os interesses dos servidores públicos associados, promovendo ações de atendimento nas áreas de esporte, lazer, recreação, cultura, saúde e educação, visando à qualidade de vida dos associados, atuando de forma integrada e harmônica para o alcance dos seus objetivos”), é de se destacar que a presença feminina vem a cada ano se tornando mais marcante, graças às condições de igualdade asseguradas pelos estatutos e regimentos que norteiam a nossa administração.
Somos associadas, conselheiras, diretoras, coordenadoras, funcionárias e colaboradoras, somos mulheres que estão presentes na administração dessa grande instituição, marcada pelo associativismo, todas juntas desenvolvendo e/ou trabalhando em ações na busca de um mundo mais humano e igualitário.
Deixamos aqui, por fim, mais uma mensagem. A mensagem de fé.
Fé na certeza de que com passos, às vezes curtos, às vezes longos, estamos caminhando para que a nossa comunidade, a sociedade, o planeta, esteja em mudança permanente, buscando a transformação em dias quando não precisaremos mais empunhar bandeiras de lutas sociais, de liberdades femininas, de respeito a direitos, porque estaremos vivendo em um mundo em que todos seremos iguais.
Desejamos a você mulher – conselheira, associada, funcionária, amiga e todas as que de alguma forma tiverem acesso a esta mensagem, um maravilhosos 8 de Março – DIA INTERNACIONAL DA MULHER.
Rosy Maria de Oliveira é vice-presidente do Conselho Deliberativo da AFPESP |
Ester Mirian Belo Rodrigues é 2ª secretária do Conselho Deliberativo da AFPESP |