O Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, foi criado em 1972, com o objetivo de informar sobre o impacto das ações humanas no planeta Terra. Neste ano, ao frear as atividades humanas, como a produção industrial e a circulação de automóveis, a pandemia do novo coronavírus diminuiu aquele que foi o maior risco ambiental para a saúde em 2019: a poluição do ar.
Uma semana após o início da quarentena na cidade de São Paulo, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) registrou redução no ar de 50% de monóxido de carbono e óxidos de nitrogênio e 30% de material particulado – aquele que sai do escapamento ou do desgaste de pneu no asfalto. Estados Unidos, China, Itália, Rei‑ no Unido, Alemanha e Holanda também registraram queda de poluentes. No norte da Índia, a redução da poluição revelou no horizonte parte da cordilheira de Dhauladhar, no Himalaia, pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.
Os impactos não se restringiram aos índices de poluentes do ar. Na Itália, mais precisamente nos canais de Veneza, sem a circulação de gôndolas, a água, antes turva, ficou cristalina, e os peixes e as tartarugas deram as caras. Assim como os golfinhos apareceram no Porto de Cagliari, na Ilha da Sardenha, onde cisnes também foram fotografados. Até uma raposa chamada Nina saiu da floresta na região de Roccatederighi para filar um rango com seus novos amigos, o comerciante Mauro Salvestroni e seu gato de estimação. Em Llandudno, no Reino Unido, cabras se aproximaram da área urbana.
O planeta ficou mais silencioso com a diminuição do ruído sísmico da crosta e do som de baixa frequência dos oceanos, que é emitido por baleias, para se comunicarem, e por motores de navios. Sem precisar competir com o som dos navios, as baleias ficam menos estressadas. Pontos para a saúde do meio ambiente!