Por Lucas Silva Barros
O Novembro Azul é o mês da conscientização do câncer de próstata. Neste mês, evidenciamos a importância da realização do rastreio para a detecção precoce da doença.
O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais diagnosticado nos homens. O rastreio com o exame de toque e o PSA (Antígeno Prostático Específico) são indicados para todos os homens a partir dos 50 anos de idade e, para aqueles com maior risco de desenvolver a doença, a partir dos 45 anos. Os principais fatores de risco são o histórico familiar e a afrodescendência. Homens que possuem mutação do gene BRCA2 devem iniciar o rastreio a partir dos 40 anos.
O câncer de próstata é uma doença silenciosa e os sintomas só aparecem em fases avançadas. Por isso é tão importante participar das campanhas de rastreio. Quando o câncer é detectado na fase inicial, a chance de cura é muito grande, podendo ultrapassar os 90% se tratado logo após a detecção da doença.
O principal tratamento é a cirurgia para a retirada da próstata, a chamada prostatectomia radical. A radioterapia torna-se uma opção, sem prejuízo na chance de cura, para os pacientes que não têm condições cardiovasculares seguras para serem submetidos à cirurgia e também para aqueles que não querem ser operados.
Um grande receio da pessoa com câncer de próstata é o prejuízo da função sexual após o tratamento, seja pela cirurgia, pela radioterapia ou pelas medicações utilizadas nas doenças mais avançadas.
A disfunção sexual invariavelmente será prejudicada, em maior ou menor escala, a depender da função sexual prévia do paciente pré-tratamento, da idade, e do nível de acometimento do câncer. Existem tratamentos específicos para a disfunção sexual após o tratamento do câncer.
O tratamento individualizado de cada paciente e o seguimento oncológico deve ser realizado com o médico urologista, no intuito de controlar a doença e melhorar os efeitos adversos provocados pelo tratamento. Uma equipe multiprofissional é de grande valia no acompanhamento desses pacientes, e vai desde o médico urologista e outros médicos especialistas, como oncologista e cardiologista, a outros profissionais da saúde, como fisioterapeuta, nutricionista e equipe de enfermagem.
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Lucas Silva Barros é médico urologista do Ambulatório Médico AFPESP. Possui especialização em uro-oncologia e cirurgia urológica minimamente invasiva, incluindo certificação em cirurgia robótica pela Strattner. É fellowship em uro-oncologia pelo Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho (São Paulo/SP). Fez residência médica em urologia pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Também tem formação como cirurgião geral pelo Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira. Cursou medicina pela Universidade Professor Edson Antônio Velano (Unifenas) e farmácia pela Universidade Federal de Goiás. |




