De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, o Brasil deverá registrar mais de 625 mil novos casos em 2022; prevenção continua sendo melhor tratamento
Por Otávio Augusto Rodrigues
Hoje, 4 de fevereiro, é o Dia Mundial do Câncer. Instituído pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), com apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), a data tem por objetivo promover educação e conscientização sobre a doença, além de mobilizar instituições e poderes públicos a voltarem suas atenções para a importância de incentivar medidas que visam combate e prevenção aos tumores.
De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deverá registrar cerca de 625 mil novos diagnósticos da doença em 2022. Os números alertam para a incidência do câncer de pele não melanoma, com previsão de 177 mil casos para o ano. Entre os homens, o tipo mais comum de câncer é o de próstata (29,2% dos diagnósticos), enquanto nas mulheres as maiores incidências são de tumores na mama (cerca de 29,7%).
A última estimativa realizada pela da Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC, na sigla em inglês) estimou 19 milhões de novos casos da doença em todo mundo, e cerca de 10 milhões de mortes para o ano de 2020. O levantamento alerta ainda para o crescente aumento dos números de diagnósticos a cada ano e indica que para 2040 mais 28 milhões de casos deverão acontecer.
O câncer é o conjunto de mais de cem tipos diferentes de doenças malignas apresentando em comum o fato de serem desenvolvidas a partir do crescimento desordenado e agressivo de células capazes de se espalhar no organismo. Em razão dessa multiplicação, as células acabam invadindo tecidos do corpo humano, formando tumores e ocasionando variadas complicações à saúde de um indivíduo, podendo o levar até a morte.
Ainda segundo o INCA, a doença não tem uma causa única, podendo ser originada principalmente por fatores externos, ou seja, por agentes presentes no meio ambiente ou por hábitos e comportamentos humanos. As causas menos comuns são as denominadas internas, relacionadas à própria defesa do organismo ou às mudanças hormonais, condições imunológicas e fatores genéticos hereditários.
A melhor forma de combate à doença ainda é a prevenção. Para isto, o instituto destaca a importância de manter hábitos saudáveis, como uma boa alimentação, prática de atividades físicas e evitar a ingestão de substâncias nocivas ao organismo como álcool e tabaco. Também é indispensável visitar regularmente seu médico, visto que quanto mais precoce a doença for diagnosticada, mais rápido e eficaz será o tratamento.