Combate à hepatite C - Série Julho Amarelo (parte 3)
A hepatite C é causada pelo vírus VHC, transmitido principalmente por sangue contaminado, mas a infecção também pode ocorrer pelo contato sexual e por via perinatal (da mãe para filho), durante a gravidez e o parto. Como não existe vacina contra a hepatite C, conhecer as formas de transmissão e evita-las é a única forma de prevenir o contágio, por isso:
- Não utilize drogas injetáveis nem compartilhe objetos de higiene pessoal (escova de dente, lâminas de barbear), de manicure (alicates, lixas, espátulas), instrumentos para tatuagem que possam conter sangue, porque o VHC chega a sobreviver quatro dias fora do corpo humano;
- Quando for fazer exames, verifique se agulhas ou qualquer outro objeto que entre em contato com sangue é descartável/esterilizado;
- Não faça sexo sem preservativo;
- Antes de engravidar, faça o teste para saber se é portadora do vírus da hepatite C;
- Não tenha contato com cortes e feridas de pessoas infectadas pelo VHC.
Usuários de drogas, pessoas que têm tatuagem e que praticam sexo desprotregido fazem parte do grupo de risco e devem fazer o exame anti-VHC para diagnóstico da doença, assim como as pessoas que receberam transfusões de sangue antes de 1993, pois até essa data o vírus era desconhecido e, portanto, o sangue doado não era testado.
Em 2018, o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, informou que os óbitos por hepatite C são a maior causa de morte entre as hepatites virais. Na ocasião, o boletim também registrou que a hepatite C tem o maior número de casos. A cada 100 mil habitantes, 11,9 estão infectados.
Sintomas
Mesmo no estágio avançado da doença, quando o fígado é bastante afetado pela hepatite C, já com risco de desenvolver cirrose, câncer no fígado e insuficiência hepática, o indivíduo não costuma apresentar sintomas, a não ser “barriga d’água”, caracterizada pelo acúmulo anormal de líquidos dentro da cavidade abdominal, e confusão mental. Ainda menos comum, mas conhecidos, são os sintomas na forma aguda da hepatite C: mal-estar, vômito, náusea, pele amarelada (icterícia), dor muscular, perda de peso e muito cansaço.
Tratamento
A hepatite C pode ser curada, mas quando não é possível, o tratamento busca conter a progressão da doença e evitar complicações.
O tratamento é feito com antiviral e, hoje em dia, há opções que causam menos efeitos colaterais e aumentam a chance de cura para mais de 90% dos casos, como o daclastavir, o simeprevir sódico e o sofosbuvir. Também é crucial não consumir bebidas alcoólicas, que aumentam o risco de desenvolver as complicações.
Fonte: Site Drauzio Varella