Na luta contra o racismo e a transfobia, Eunice Prudente e Juliana Guariniello erguem-se como exemplos de resistência em prol de uma sociedade mais justa; confira entrevistas exclusivas
Por Andréa Ascenção e Leandro Silva
Neste Dia do Professor (15 de Outubro), a AFPESP entrevistou duas servidoras que se tornaram referência tanto para os demais educadores e estudantes das instituições públicas onde atuam quanto para toda a sociedade.
Uma delas é Eunice Prudente, 76 anos, professora doutora da Faculdade de Direito da USP, única docente negra da instituição. Além de advogada, é secretária municipal de Justiça de São Paulo, abolicionista pela negritude, feminista e associada à AFPESP desde 1980. Ocupou diversos cargos públicos, como diretora da Fundação Procon (2006), secretária da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de SP (2007 a 2008), entre outros.
A outra entrevistada é Juliana Guariniello; 39 anos; mulher trans; professora de filosofia e vice-diretora da Escola Estadual Professor Fernando Buonaduce; graduada em filosofia pelo Centro Universitário Assunção (Unifai), pedagogia pela Universidade Nove de Julho (Uninove), pós-graduada em filosofia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e mestre em ciências humanas pela Universidade Santo Amaro (Unisa).
Elas ensinam para além da branquitude heteronormativa e transformam as salas de aula em um espaço de inclusão. Leia abaixo as entrevistas:
Eunice Prudente: uma professora em busca de justiça
Como é ser a única professora negra da maior faculdade de direito do país?
É um papel de muita responsabilidade. A universidade, além dos títulos das teses, é muito exigente em relação às publicações e à qualidade de pesquisa de aulas e afins. Muitas vezes notei que certas reivindicações e exigências de alunos eram formas de expressar perplexidade de sujeitos de direitos fora de um lugar social, uma vez que, infelizmente, no Brasil, a docência universitária ainda não é entendida como uma atividade normal para uma mulher negra que tenha feito cursos e se preparado. Houve dificuldades, e eu tive de enfrentá-las.
Em que momento da vida a senhora se reconheceu e começou a se identificar com as causas racial e de gênero?
Eu sou filha de jocistas. Meus pais eram da Juventude Operária Católica [JOC, que dá origem ao termo jocista]. Eles aguardaram o fim da Segunda Guerra Mundial para se casarem. Tive uma tia paterna, a mais jovem, que foi presidente nacional da JOC. Então, já fui educada frequentando associações e reuniões, principalmente no Sindicato dos Metalúrgicos, porque minha mãe era tecelã, e meu pai, metalúrgico. Os exemplos de casa, de participação política, nas agendas de sindicatos, de discutir questões trabalhistas, levaram-me ao interesse pelo direito e a já começar a perceber situações de preconceito. Muitas vezes as práticas violentas, discriminatórias, são simbólicas. E o discriminado nem percebe. Mas acho que eu percebia.
Isso a incentivou a cursar direito e a ser professora?
Sem dúvida. Todos nós, homens e mulheres, já pensamos em ser professores pelo carinho e pela atenção que nossos professores nos concederam. Na infância, sobretudo, porque eles, de certa forma, substituíam os pais. Quando terminei o curso de direito, por exemplo, fui orientanda, no mestrado, do professor Dalmo de Abreu Dallari, que propôs e desenvolveu uma teoria crítica de direitos humanos, sempre com propostas de alteração na sociedade. Então, a minha dissertação de mestrado já foi voltada para a criminalização da discriminação racial. Depois, ainda sob orientação do professor Dallari, 15 anos depois do mestrado, conclui o doutorado voltado para estudos sobre a metropolização de São Paulo e a migração interna, que transformou a cidade em uma metrópole. Famílias que vieram do Nordeste, da Bahia, de tantas partes do Brasil, é que tornaram São Paulo uma das maiores metrópoles do mundo. Mas com pouquíssimo planejamento e atenção de governos, o que também impôs aos sujeitos a chamada discriminação de origem.
O cenário de tímida participação do Estado despertou o interesse pelo serviço público?
Sou de uma geração que enfrentou muita discriminação racial no mercado de trabalho. Então, os concursos públicos foram a nossa saída no enfrentamento do preconceito. Enfrentei, enquanto mulher, negra, diversas formas discriminatórias. Mas os exemplos de meus pais, da família informada e atuante, me deram forças para superar. Fiz o exame da Ordem [dos Advogados do Brasil], comecei a atuar na OAB de São Paulo, em diversas comissões, integrei a diretoria na gestão de Carlos Miguel Aidar, fui diretora da Escola Superior de Advocacia. Sempre tive uma atuação na minha instituição profissional, que é a OAB. Depois somei com o serviço público. Mantive-me [como associada] da AFPESP, por exemplo, porque entendi logo que é por meio dessas instituições que defendemos e reivindicamos direitos. Como gestora pública, professora da USP, advogada.
A senhora se inspira em alguém?
Ana de Jesus Romão, que nomeia uma escola municipal na zona leste de São Paulo. Foi a minha tia, presidente da JOC nos idos dos anos 60 do século passado, e minha inspiradora. E, depois, o professor doutor Dalmo de Abreu Dallari, pelo seu compromisso com os direitos humanos.
Percebe diferença ao logo do tempo, do ingresso na graduação da USP, em 1972, quando as discussões racial e de gênero não eram evidentes, até os dias atuais?
Sim, muitas diferenças. E diferenças benéficas. Explico o porquê. Quando movimentos sociais se uniram contra a ditadura militar, participaram da Assembleia Constituinte, colaboraram na construção desta Constituição Federal de 1988, nós passamos a conviver sob uma carta de direitos inclusiva, que propiciou o Estatuto do Idoso, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Estatuto da Juventude, mas também o Estatuto da Igualdade Racial. A própria Constituição já traz, desde 88, que a prática de preconceito racial, ou seja, o comportamento, a discriminação racial, é crime. E tudo isso ocorre graças, sem dúvida nenhuma, à participação ativa de algumas feministas negras. É bom lembrar essa trajetória da mulher negra para saber da atuação de Edna Roland, Sueli Carneiro, Lélia Gonzalez, Beatriz Nascimento, várias feministas negras que participaram ativamente da constituinte, que mostraram a importância de cruzarmos dados, em análise conjunta, a respeito de etnia, de gênero e de classe social. Para termos uma visão clara, iluminada, de situações sociais complexas, como as vivenciadas pelos brasileiros.
Fale um pouco sobre a disciplina “gênero e etnia”, adotada em 2018 na FDUSP. Que metodologia utiliza para ampliar o conhecimento sobre os temas?
É uma disciplina muito procurada, porque é oferecida nos cursos de pós-graduação, pelos pós-graduandos das áreas de direitos humanos, mas também das áreas de direito do trabalho, de direito penal, de direito do Estado. É muito procurada porque não apenas divulga, mas aplica uma metodologia que envolve questões de gênero, etnia e desigualdade socioeconômica. A disciplina é semestral, começamos no primeiro período de 2018, e ela vem sendo ministrada em todos os semestres, sempre crescendo muito a partir das contribuições dos próprios pós-graduandos, sobretudo nos seminários. Neste semestre estamos enfatizando muito a representatividade política da mulher e também da mulher negra.
Houve resistência para inserção dessa disciplina?
Não, muito pelo contrário. Sempre foi muito bem recebida, pela própria comissão de pós-graduação. Começamos com muitos intelectuais, histórico do feminismo, Simone de Beauvoir — ninguém nasce mulher, mas se constrói esse gênero. Depois abraçamos também o letramento sobre as contribuições da mulher negra para a própria cultura brasileira. A abordagem foi crescendo, diversificando, chegando à questão do encarceramento em massa. Agora, neste semestre, tratamos da representatividade política da mulher nas eleições, políticas de ações afirmativas. A legislação muitas vezes é burlada, e há candidatas negras denunciando discriminação racial no âmbito dos próprios partidos, na distribuição por cotas. Estamos acompanhando tudo isso por meio da disciplina.
Na academia, discussões de gênero e raça tendem a fluir melhor. Como ampliar a discussão para a população em geral? Qual a contribuição da educação neste debate?
É um momento de também valorizarmos a democracia e a imprensa livre. Dependemos muito da informação que advém de uma mídia livre, democrática, porque não há educação sem informação. E não há igualdade sem educação. Então, precisamos imediatamente formar novos cidadãos e cidadãs. A educação de qualidade deve estar presente na formação de todos os brasileiros.
Isso depende da educação básica.
Quando conquistamos a Lei nº 10.639/2003, ela veio para aperfeiçoar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação [LDB], incluindo a história da África, as relações afro-brasileiras, a cultura afro-brasileira e protagonismo do negro na cultura brasileira no ensino. Então, esse estudo é fundamental para os brasileiros se conhecerem, até porque mais de 50% dos brasileiros são negros.
Os professores de ensino fundamental e médio recebem preparo para esse tipo de abordagem em sala de aula?
Não como precisávamos. Basta conversar com eles e sempre pedem material, informação, entre outros. Neste sentido, várias instituições, inclusive Ministério Público, Judiciário, a própria Prefeitura de São Paulo, têm contribuído com cartilhas, cursos, encontros e seminários para formar a cidadania, principalmente para professores.
Que mensagem pode deixar neste Dia do Professor, vislumbrando o combate ao racismo e à desigualdade de gênero?
Espero que todos nós aprendamos com Paulo Freire. A educação deve ser libertadora, formadora da pessoa, do ser humano, com percepção das diferenças. As pessoas não são idênticas. Gênero nos diferencia, assim como etnia, classe social, entre outras características. Mas todos somos iguais para o exercício de direitos e deveres. Portanto, a percepção das diferenças não diz respeito à superioridade de umas pessoas em relação a outras. Elas precisam ser respeitadas e acolhidas. E na escola, onde acontece o contato do alunado com o mundo, com a sociedade, a percepção das diferenças precisa ser aprendida e muito discutida. É uma forma pacífica de vencermos todos os preconceitos e de evitar as discriminações.
Nesta data, como se sente?
Sinto-me muito honrada. Inclusive, estou agradecida à AFPESP pela atenção, pela confiabilidade. Deixo um abraço para todos os colegas professores, que são multiplicadores de tantas informações e orientações. Que eles não desistam nunca. Aguardamos governos que valorizem esse profissional.
Juliana Guariniello: uma professora (trans)formadora
Etimologicamente, filosofia significa o amor pelo conhecimento. O que veio primeiro na sua vida, a filosofia ou magistério?
Me encantei por filosofia, resolvi cursar também por ter tido uma boa experiência no ensino médio e por ter um amigo que gostava muito. E eu sempre fui uma pessoa questionadora, sempre tentava ver outro ponto de vista. Filosofia é justamente isso, a pessoa que ama o conhecimento, que questiona, interroga, coloca em xeque. Me formei em filosofia, depois fiz pedagogia, pós-graduação em filosofia e mestrado em ciências humanas. Adoro ser professora, estar com os alunos, formar pessoas.
Como a educação impactou a sua vida?
Na minha época a escola era como um aparelho repressor. Eu era mais condenada. Na faculdade fui entendendo as filósofas, o conceito de gênero, grandes pensadores, Simone de Beauvoir, aí comecei a ter apoio. O conhecimento é libertador, abriu muito a minha cabeça para a minha própria sensação. E eu tento fazer isso na escola, não só como professora, também vice-diretora.
Juliana, você teve que aprender sozinha sobre a sua identidade de gênero. Na sua trajetória enquanto estudante, você teve algum professor transgênero?
Nunca. Não conheço nenhum na rede. Eu sou da diretoria de ensino de Osasco. Por isso que eu falo de representatividade. Se a mulher trans não está na escola, ela não vai ter uma boa oportunidade. É um ciclo. Eu cresci com: “lugar de trans é na rua”. Porque ninguém vai te dar trabalho. Eu sou funcionária pública, se fosse dar aula em um colégio particular eu não sei se me dariam [trabalho]. Há uma exclusão. Quantas pessoas trans você enxerga no mercado de trabalho? Quantas mulheres trans você vê exercendo a medicina? Com mestrado, professora, vice-diretora de escola? Você não encontra. A gente sabe que a expectativa de vida de uma mulher trans é 35 anos. Se for uma mulher trans negra, é 28. Não matam uma mulher trans assassinada diretamente com uma facada, matam socialmente, excluindo ela dos espaços públicos porque eu não a vejo na rua, na escola, no mercado de trabalho, dentro da igreja. Por isso que estar viva com a idade que eu tenho já é uma superação.
Quando e em que situação você entendeu que a sua identidade de gênero era diferente do seu sexo biológico?
Desde que eu tenho o menor resquício de consciência, de percepção de mim mesma, eu já percebia que eu não era como as outras crianças.
Está falando da primeira infância (de 0 a 6 anos)?
Aos 4, 5, 6 anos eu já tinha noção que eu não era um menino. Já gostava do universo feminino, das brincadeiras de menina. Eu tinha uma irmã, então, ela era referência. Eu queria ser como ela, queria estar com as meninas, ter o cabelo grande. Eu me identificava com o universo feminino, o que a grosso modo era entendido como errado. Criança só vive, só sente, não sabe se a postura dela é certa ou errada. O adulto que começa o julgamento.
Na época, como foi essa percepção para a sua família?
Não foi um processo fácil. Eles eram de uma família cristã, não conheciam o termo transexual, nem sei se o termo existia. Aos pouquinhos você vai conscientizando e tendo o apoio da sua família.
Você começou o seu processo de transição de gênero aos 23 anos, tomando hormônios. Houve um momento chave na sua vida em que você teve uma conversa com a sua família sobre ser uma mulher trans?
Eles percebiam desde criança que eu era diferente. Somente uns três anos depois que já estava fazendo o meu processo de transição e, automaticamente, ficando feminina, que houve uma conversa para explicar, combater essa ideia do preconceito. Você rompe o preconceito quando aborda o assunto. Depois daquela conversa que começou a ter uma abertura, um diálogo. Daí, aos poucos foi se transformando para conseguir aceitação.
Em 2011, o Ministério da Educação produziu um material intitulado “Escola Sem Homofobia”, que trazia orientações para educadores ensinarem seus alunos sobre questões relacionadas ao gênero e à sexualidade, em outras palavras, ensinar sobre o respeito às pessoas, independentemente de sua orientação sexual e identidade de gênero, mas o conteúdo nunca foi colocado em prática. Apesar disso, o ensino de identidade de gênero faz parte do cotidiano da Escola Estadual Professor Fernando Buonaduce. Qual a importância disso?
A escola é um reflexo de todos os valores da sociedade. Ao mesmo tempo que ela reproduz, também consegue formar novas pessoas e combater o preconceito, formando pessoas que pensem, questionem, interroguem, duvidem. Ser professora não é só ensinar a parte racional. A gente tem que formar pessoas éticas, o que envolve respeito ao próximo. O papel do professor é fundamental para conseguir desenvolver a sociedade ética, justa, que respeita e valoriza as diferenças, a pluralidade de ideias.
Na prática, quais ações a sua escola tem tomado para que esse espaço não seja um espaço de exclusão de corpos transgêneros?
Só a figura de uma mulher trans na escola já diz muito. A minha presença ali ajuda esses alunos. “Olha, uma pessoa da comunidade LGBT que está aqui trabalhando digna e eticamente”. Uma professora trans cria sensibilidade. Quando ela avista algum ato de preconceito ela consegue identificar e ajudar aquele aluno. Temos esse poder de mediação e de transformar. Eu consigo trabalhar essa ideia de representatividade com os alunos, ou seja, mostrar pela minha sexualidade que ela não é errada, que a sexualidade não interfere no meu caráter. Quando a gente traz referência para os alunos a gente consegue esse papel de transformação, só que é um trabalho de formiguinha. Toda hora a sociedade é muito excludente, muito desigual. A única forma de combater seria essa ideia de conscientização. Além disso, nós temos a POC que é a Professora [Orientadora]de Convivência. Quando o aluno percebe algum grau de conflito, juntamente com a POC, os professores pensam em medidas para mudar e transformar. Por exemplo, fazer a sala de aula invertida, os alunos pesquisam sobre o tema. Depois, debatemos. A questão de convivência não é uma aula específica, tem que permear o currículo todo no desenvolvimento de uma escola plural. Quando um aluno ou aluna se identifica trans, tem direito a usar o nome social, que é o nome com o qual ele ou ela se identifica, e deve usar o banheiro com o qual se identifica. E tem que se trabalhar o aparato legal. A lei dá esse suporte do uso do nome social atrelado à conscientização, conversar com os alunos, fazer projetos para trabalhar o respeito ao próximo.
Você acha que o espaço da escola pode ser o único ambiente presencial onde as crianças se sintam à vontade para buscar esse conhecimento e encontrar referências?
Quando a gente pensa na sexualidade da mulher trans é muito complicado porque, geralmente, todas as formas de preconceito têm um caso na família. Uma pessoa que é negra e sofreu um ato de racismo na rua, volta para casa e tem um acolhimento. Em caso de intolerância religiosa na escola, geralmente, a família é da mesma religião. Quando a criança ou adolescente trans sofre o preconceito na rua, na escola, não pode sequer chegar em casa falando que sofreu. É uma questão de a pessoa se sentir completamente sozinha. Por isso a importância de a escola trabalhar essas questões e fornecer amparo e acolhimento. Na minha escola a gente exalta as diferenças. É um trabalho árduo, mas que é feito.
Quem são seus ídolos, quem te inspira?
Que pergunta difícil. A minha dissertação de mestrado foi sobre Nietzsche. Mas, olha só, até eu tenho dificuldade de ter alguém como referência. Não sei responder.
Para uma profissional trans os desafios da educação têm outras camadas de dificuldades?
Tem várias. No início do processo da minha transição eu sofri bastante. Desde professores que não aceitavam até alunos que já vinham de casa com uma visão negativa. Eles associavam a imagem de uma mulher trans com tudo o que há de ruim. Como eu ensino filosofia para o ensino médio pego alunos com 15 anos. Já aconteceu de eu pegar uma turma extremamente resistente, preconceituosa, que vinha de uma forma agressiva, fazendo piadinha, rindo. Combato o preconceito mostrando que mereço respeito. A minha sexualidade não faz de mim uma pessoa pior, nem melhor. A sexualidade não é uma escolha. Você já nasce com ela. Quando você explica o que é uma pessoa trans é o início da transformação. Isso exige paciência, concentração, diálogo. Por meio da educação eu consigo transformar os indivíduos e devolver para a sociedade uma geração melhor, mais ética.
Pelos professores passam todos os profissionais. Diante dessa grande responsabilidade de formar o outro em diversos níveis, tem algum pedido ou mensagem que você gostaria de deixar neste Dia do Professor?
Ser professor é uma profissão belíssima. Imagina: ao mesmo tempo que você ensina, também aprende; transforma indivíduos e, assim, a sociedade. Para mim tem um caráter de missão. Infelizmente, é uma profissão pouco remunerada, valorizada, encontra diversas barreiras e, talvez, o que conforte a gente é ver que transformamos os alunos, que fizemos diferença na vida deles, que conseguimos contribuir de alguma forma.
Glossário:
Transgêneros: terminologia utilizada que engloba tanto as travestis quanto as transexuais. É um homem no sentido fisiológico, mas se relaciona com o mundo como mulher. Fonte: Guia de Prevenção das DST/Aids e Cidadania para Homossexuais, PN-DST/AIDS.
Transexuais: são pessoas que não aceitam o sexo que ostentam anatomicamente. Sendo o fato psicológico predominante na transexualidade, o indivíduo identifica-se com o sexo oposto, embora dotado de genitália externa e interna de um único sexo. Fonte: CONSELHO Nacional de Combate à Discriminação. Brasil Sem Homofobia: Programa de combate à violência e à discriminação contra LGBT e promoção da cidadania homossexual. Brasília : Ministério da Saúde, 2004.