Serão admitidos mil agentes de segurança que atuarão desarmados, além de 550 profissionais para atendimento à saúde mental dos alunos
Por Redação
Nesta quinta-feira (13), o Governo de São Paulo junto às secretarias estaduais de Educação e Segurança anunciaram um pacote de medidas para reforçar a segurança escolar e o atendimento psicológico a alunos da rede estadual de ensino. O projeto foi criado em resposta ao aumento de ataques e ameaças nas escolas paulistas.
Além disso, a administração estadual prevê a ampliação do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva-SP), no qual 5 mil professores, um por escola, terão jornada de 10 horas semanais exclusivas para trabalharem em ações de acolhimento e atendimento à saúde mental dos alunos em suas escolas.
O anúncio das medidas foi confirmado durante visita realizada na Escola Estadual Thomazia Montoro, localizada na zona oeste da capital, onde uma professora foi assassinada e outras quatro pessoas ficaram feridas vítimas de ataque efetivado por um adolescente de 13 anos. As aulas foram retomadas na unidade na última segunda-feira (11).
Junto aos secretários de estado da Educação, Renato Feder, e de Segurança Pública, Guilherme Derrite, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, anunciou que o estado fará a contratação de 550 psicólogos para o programa Psicólogos na Educação e mil seguranças privados para atuarem nas escolas estaduais.
Segundo ele, os agentes de segurança vão trabalhar desarmados e serão alocados em regiões de maior vulnerabilidade social, a serem definidas pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), junto a equipe do Conviva SP. Para estas contratações, serão investidos cerca de R$ 60 milhões.
Já para o processo de admissão de psicólogos, o governo do estado prevê prazo de 180 dias, com investimento total de R$56 milhões. Os profissionais, que já realizavam atendimento em formato remoto, passarão a atender presencialmente, cada um em até dez escolas por semana.
O Executivo prevê ainda o aumento do policiamento nos entornos das escolas, com a ampliação do programa Ronda Escolar, que, atualmente, conta com cerca de 600 oficiais. Também está sendo analisada a possibilidade da colocação, permanente, de pelo menos um policial em cada escola.