Ação visa promover a educação inclusiva na cidade e aproximar crianças às culturas dos povos originários
Por Redação
Durante evento realizado na Biblioteca Mário de Andrade, no dia 21 de abril, a Prefeitura de São Paulo anunciou o lançamento do documento “Currículo da cidade: Orientações Pedagógicas — Educação Antirracista: Povos Afro-Brasileiros”, cujo objetivo é nortear os profissionais do magistério municipal em prol de uma educação antirracista e inclusiva.
Serão distribuídas 29.500 mil cópias do material, que foi produzido pela Secretaria Municipal de Educação (SME), juntamente com a Secretaria Municipal de Relações Internacionais (SMRI). A ação faz parte da campanha “São Paulo: Farol de Combate ao Racismo Estrutural”, que visa, por meio de políticas públicas, promover a igualdade racial no município.
Com base na Lei no 10.639/2003, que determina a obrigatoriedade do ensino da história e cultura africana e afro-brasileira nas escolas, o documento apresenta uma série de orientações pedagógicas aos professores, para abordarem conceitos sobre o tema em sala de aula e, dessa forma, transmitirem importantes ações de justiça social aos alunos.
Segundo o secretário de Educação, Fernando Padula, é imprescindível que a cultura antirracista seja implementada ainda no ensino básico e faça parte do DNA das escolas municipais. “Só assim teremos um ambiente diverso e inclusivo, respeitando os preceitos de uma educação integral e com equidade”, ressaltou Padula.
“Combater o racismo é o compromisso mais importante da educação, porque ninguém nasce racista, as pessoas se tornam. Sabendo que ainda são registrados casos de racismo nas escolas, não é mais aceitável adiar a mudança dessa realidade. É dever das escolas contar a história, fazer com que a população entenda a importância dos povos originários”, afirmou Marta Suplicy, secretária de Relações Internacionais da cidade de São Paulo.
Além disso, a administração municipal também prevê a distribuição de cerca de 128 mil bonecos, divididos em kits que incluem: três bonecos negros, três bonecas negras, um boneco andino, uma boneca andina e um boneco bebê negro. O objetivo da ação é aproximar as crianças com as culturas dos povos originários, como africanos e andinos.
Os brinquedos acompanharão materiais informativos com histórico e concepção da coleção, instruções de lavagem e de cuidados. Cada escola receberá cerca de três a cinco kits, a depender do tamanho da unidade.
“Na cidade de São Paulo, todos os dias do ano são dias de se fazer ações de combate ao racismo. Essa ação atingirá os nossos um milhão e quarenta mil alunos e seus familiares em uma cidade de 12 milhões de habitantes”, declarou o prefeito Ricardo Nunes.